Programa
1-História e métodos da genética dos textos (quarta-feira, 24/11, 19h-21h)
A genética dos textos embasa-se num constato: o texto definitivo de uma obra literária é, exceto casos raríssimos, o resultado de uma realização progressiva durante a qual, por exemplo, o autor dedicou tempo à pesquisa de documentos ou informação, à concepção de um plano, à preparação seguida da redação propriamente dita de seu texto, à diversas campanhas de correções e revisões, etc. A genética dos textos tem como objeto essa dimensão temporal do texto em devir. Contudo, para tornar-se objeto de estudo, a gênese de uma obra deve ter deixado “rastros”: os arquivos da criação. São esses índicos materiais que a genética textual procura reencontrar e compreender.
2-Da genética dos textos à genética das formas (quinta-feira, 25/11, 10h-12h)
Após algumas definições terminológicas serão descritas as 5 grandes etapas que caracterizam a pesquisa em genética dos textos:
- constituição do dossiê de gênese
- especificação das peças e determinação dos objetivos
- transcrição e classificação dos manuscritos
- construção do prototexto
- edição genética e/ou interpretação dos processos
3- Genética das artes visuais: genética da imagem e processo fílmico (quinta-feira, 25/11, 14h-16h)
Cinema: uma genética da complexidade: como se escreve um roteiro? O quê é um cenário? O que acontece durante as filmagens? Qual o papel da montagem na realização de um filme? Etc. Algumas das perguntas que serão debatidas.
4- Gênese de um plano sequência (sexta-feira, 25/11, 14h-16h)
Serão descritas as grandes articulações de uma genética fílmica a partir do estudo do corpus Amos Gitaï, cujo acervo acaba de ser doado à Cinemateca de Paris pelo próprio diretor.
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