Sessões temáticas

 domingo, 12 de setembro de 2010:


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Conheça as sessões temáticas para identificar em qual você submeterá sau proposta de comunicação. Lembre que as propostas de comunicação deverão estar inscritas em uma das sessões temáticas e de acordo com um ou mais subtemas. Lembramos que as propostas de comunicação deverão ser encaminhadas na ficha de submissão de comunicações. Para acesso à ficha, clique aqui.

SESSÕES TEMÁTICAS:                  submissão de comunicações
Sessão 1: TRADUÇÃO E CRÍTICA GENÉTICA: UMA INTERDISCIPLINARIDADE POSSÍVELsessão 2: EPISTOLOGRAFIA E CRÍTICA GENÉTICASessão 3: DA IDEIA À FORMA: OS RASTROS PLURIDIMENSIONAIS DO PROCESSO DE  
               CRIAÇÃO
sessão 4: ESCRITURA LITERÁRIA: RELAÇÕES ENTRE CRÍTICA GENÉTICA E TEORIA

               LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA
Sessaõ 5: O PROCESSO DE CRIAÇÃO NAS POÉTICAS DO ESPAÇO MATERIAL E VIRTUAL
Sessão 6: MANUSCRITOS LITERÁRIOS EM BIBLIOTECAS DE ESCRITORES
Sessão 7: SOBRE O VIR-A-SER DA LINGUAGEM AUDIOVISUAL

Veja abaixo a descrição e ementa de cada uma delas:
Sessão 1:
Título: TRADUÇÃO E CRÍTICA GENÉTICA: UMA INTERDISCIPLINARIDADE POSSÍVEL
Coordenadores:
Prof. Dr. Sergio Romanelli (DLLE/PGET – UFSC) sergioroma70@gmail.com
Profa. Dra. Sílvia Maria Guerra Anastácio (DLG/LETRAS-UFBA) smganastacio10@gmail.com

Ementa: Esta mesa propõe-se a examinar não somente o processo de criação do tradutor com as leis que lhe são inerentes ou com suas dúvidas, influências, constrições internas e externas, mas também, colocar em relevo a qualidade e a validade do trabalho criativo do tradutor. Dar-lhe visibilidade, mostrar como seu labor se desenvolve ao longo de anos, encontrando-se, por vezes, no meio de um complexo processo de interações com outros sistemas de vários tipos e que também contribuem à realização do produto assim chamado final. E como esse produto, uma vez tenha entrado em um sistema, é capaz de influenciá-lo, por sua vez, ou enriquecê-lo e mudá-lo. Quer-se ilustrar a complexidade do processo criativo do tradutor e como seja possível fazer isso mediante a análise dos manuscritos, dentro da abordagem da CG. Essa complexidade, inerente ao trabalho tradutológico, está presente, não somente na própria recriação do texto fonte, mas sim na escolha do autor a ser traduzido, nas razões que teriam levado um tradutor a optar por um determinado texto, sem contar as consequências que essas escolhas acarretam, ou nas pesquisas realizadas que, às vezes, duram decênios e que constituem o trabalho pré-redacional, em que o tradutor busca, pesquisa, lê, recusa, desiste, retoma, começa, dialoga, briga com os textos a serem traduzidos. A análise dos manuscritos dos tradutores revelaria, assim, um universo flutuante e complexo que inclui diálogos intertextuais e intratextuais com as outras traduções, ou diálogos vários com o texto a ser traduzido e com a literatura referente a um determinado autor (prefácios, ensaios, coletâneas, etc.), ou, ainda, diálogos com textos sobre a teoria da tradução. Ou seja, o tradutor existe, aparentemente está sozinho, mas, trabalha, cercado por um mundo que se nutre por inputs os mais diversos, que modificam, enriquecem e influenciam não somente o seu processo de trabalho, mas também, a estética do seu objeto de estudo.
Subtemas para submissão de trabalhos:
1. Processo criativo e tradução
2. Estudos Descritivos da Tradução e Crítica Genética
3. Tradução intersemiótica e Crítica Genética
4. Análise do processo tradutório de manuscritos modernos
5. Análise do processo tradutório de manuscritos contemporâneos
6. Crítica genética, língua e estudos da tradução
7. Análise de manuscritos de revisores
8. Teoria da tradução e Crítica Genética: uma interface.
9. Crítica da tradução através dos manuscritos.

Sessão 2
Título: EPISTOLOGRAFIA E CRÍTICA GENÉTICA
Coordenadores:
Marcos Antonio de Moraes (IEB-USP) - moraesusp@gmail.com
Silvana Moreli Vicente Dias (Pós-doc IEB-USP) - silmovi@hotmail.com
Ementa: Esta mesa pretende refletir sobre as potencialidades da correspondência de escritores e de artistas nos estudos de crítica genética. Propõe abordagens teóricas do assunto em pauta e sinaliza formas de exploração da epistolografia como espaço da crítica e da criação em processo. Levanta, igualmente, o debate sobre os limites e impasses da carta como discurso da memória da criação.
Subtemas para submissão de trabalhos:
1. Epistolografia e crítica genética: confluências;
2. A carta como “arquivo da criação” na crítica genética: estudos de caso;
3. Limites e impasses do memorialismo epistolar nos estudos genéticos;
4. Epistolografia e rede de sociabilidade artística;
5. A escrita epistolar como discurso literário ou ensaístico;

Sessão 3:
Título: DA IDEIA À FORMA: OS RASTROS PLURIDIMENSIONAIS DO PROCESSO DE CRIAÇÃO
Coordenadores:
Márcia Ivana de Lima e Silva (PPGL/UFRGS) - marciaivanalimaesilva@yahoo.com.br
Maria Ivone dos Santos (PPGAV/UFRGS - santos@adufrgs.ufrgs.br
Marie-Hélène Paret Passos (DELFOS/PUCRS) - paretm@terra.com.br
Ementa: Essa mesa propõe uma reflexão sobre os meios utilizados, os recursos mobilizados pelo criador, qualquer que seja seu domínio artístico, após a materialização da idéia com que “trabalha”, há um certo tempo. Formulada após impulso, necessidade, medo de perdê-la, ou qualquer outro fator que o leva a traduzir seu pensamento, a ideia desaparece ou resulta em um processo complexo durante o qual ela vai tomar forma, tornar-se embrião de trama, roteiro, quadro, escultura, desenho, planta, sinfonia, romance... Esse caminho do imaterial (mundo do pensamento) ao material (mundo físico) pode bifurcar-se em várias dimensões expressivas e indiciárias. De fato, cada criador, no intuito de alcançar a forma física pré-entrevista no pensamento, poderá multiplicar esboços, rascunhos, provas; poderá retocar, remodelar, refundir. Outros optarão por veredas não concretas que abrirão possibilidades infinitas, via virtualidade. Possíveis e impossíveis são os rastros da criação que fundamentam essas reflexões.
Subtemas para submissão de trabalhos:
1) Leitura, escrita e projeção: imagens no trânsito de linguagens.
2) Encontros e desencontros entre a forma e a idéia, entre a idéia e a forma.
3) A luta com as palavras: processo de criação literária
4) Criação e gêneros literários: ruptura e tradição
5) Forma de rastros de criação possíveis em diários de escritores.
6) As idéias que se bifurcam nos manuscritos.

Sessão 4:
Título: ESCRITURA LITERÁRIA: RELAÇÕES ENTRE CRÍTICA GENÉTICA E TEORIA LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA
Coordenadores:
Profa. Dra. Claudia Amigo Pino. ( FFLCH/ USP) - hadazul@usp.br
Profa. Dra. Verónica Galíndez-Jorge. (FFLCH/ USP) - vegarj@usp.br
Ementa: Esta mesa pretende refletir sobre as contribuições da crítica genética e as questões da teoria literária contemporânea. Como a crítica genética pode nos ajudar a entender entrecruzamento de produção, circulação e recepção? O que o processo de criação pode nos dizer sobre o processo de leitura? O que a crítica genética pode contribuir para o debate sobre a recente valorização e a autonomia da escrita? Como a crítica genética pode nos ajudar a pensar as tensões entre oralidade e escritura? Quais são os desafios que a crítica genética coloca para a literatura comparada? Pretendemos receber propostas tanto teóricas como de análise documental para debater estas questões.
Subtemas para submissão de trabalhos:
1. Crítica genética e campo literário
2. Crítica genética e recepção
3. Crítica genética diante da escritura
4. Crítica genética e literatura comparada
5. Oralidade e escritura

Sessão 5
Título: O PROCESSO DE CRIAÇÃO NAS POÉTICAS DO ESPAÇO MATERIAL E VIRTUAL
Coordenadores:
Cecília Salles (COS/PUS-SP)
Maria Ivone dos Santos (PPGAV/UFRSG)- santos@adufrgs.ufrgs.br
José Cirillo (PPGA/UFES) – josecirillo@hotmail.com
Ementa: Essa mesa propõe uma reflexão sobre a relação mútua entre o processo de criação da obra/objeto nas poéticas do espaço e seus desdobramentos. Se Os Burgueses de Calais, de Rodin (1888), e City Square, de Giacometti (1948), introduziram o espaço “entre” como matéria escultórica, as obras feitas de caminhadas na paisagem, de Long às ações de Francis Alys, acrescentaram a relação espaço/tempo/contexto à produção plástica, que passa a ser desdobrada e documentada em vídeos, livros, fotografias e textos. Introduzem-se desta forma novos procedimentos discursivos ao trabalho tridimensional, o que produz por consequência um afastando formal e conceitual das tradições da linguagem tridimensional. A “escultura no campo ampliado” (Rosalind Krauss) vem se acompanhando de outros desdobramentos formais. Assim, propõem-se aqui uma reflexão circunstanciada sobre os modos de aproximação do trabalho no e com o espaço a partir de seus modos de produção. Os espaços integrando tanto as obras materiais quanto virtuais. Como pensar o processo de criação tridimensional neste trânsito entre os contextos de ação do artista contemporâneo e a partir destes outros modos de produzir, veicular e praticar a arte?
Subtemas para submissão de trabalhos:
1) Trânsitos do espaço na arte: da resistência à absorção de novos procedimentos
2) Arte no/do espaço e tecnologia: novos processos, novos significados.
3) Arte, Cidade e Territórios: processo de criação e intervenções urbanas.
4) Territorialidades e politizações do espaço na arte contemporânea.
5) Escritura do corpo: o corpo como espaço performático, rupturas e tradição.
6) Levantamento de novos contextos de inserção da ação do artista e seus desdobramentos.
7) Cadernos e arquivos de artista: espaços da criação.
8) O arquivo, a informação e a cultura: exploração narrativa no processo criativo das poéticas do espaço.
9) O espaço cênico como construção tridimensional.
10) Repensar os monumentos e as intervenções urbanas: o espaço ampliado na arte contemporânea.

Sessão 6
Título: MANUSCRITOS LITERÁRIOS EM BIBLIOTECAS DE ESCRITORES
Coordenadores:
Telê Ancona Lopez (IEB-USP) teleal@usp.br
Tatiana Longo Figueiredo (IEB-USP) tatlongo@ig.com.br
Lílian Escorel (IEB-USP) lilianescorel@uol.com.br
Ementa: A mesa propõe-se a examinar o diálogo intertextual de poetas, ficcionistas e críticos com suas leituras, consideradas suas matrizes e a marginália nas respectivas bibliotecas. Esse diálogo materializado em obras em suas estantes, prolonga-se virtualmente na apropriação/ recriação de leituras por eles mencionadas em bibliografias, cartas, entrevistas e depoimentos, documentos no arquivo da criação de obras. O tema envolve cogitações em torno das relações crítica genética – literatura comparada.
Subtemas para submissão de trabalhos:
1. Autores e livros no processo de criação literária.
2. Manuscrito, marginália e a crítica genética.
3. Teorias sobre bibliotecas de escritores.
4. A leitura e a intertextualidade da criação literária.
5. O escritor e sua marginália: estudos de caso.

Sessão 7:
Título: SOBRE O VIR-A-SER DA LINGUAGEM AUDIOVISUAL
Coordenadores:
Josette Monzani (UFSCar) - jmonzani@ymail.com
Walmeri Kellen Ribeiro (UFC) - walmeriribeiro@yahoo.com.br
Alessandro Constantino Gamo (UFSCar) - alessgamo@yahoo.com
Maria do Socorro Silva Carvalho (UFBA) - msscarvalho@uol.com.br
Ementa: Discutir os processos de criação audiovisuais pelo modo da tradução intersemiótica e também pelos vieses das memórias estética, social e pessoal, caminhos pelos quais essa linguagem se inventa. As abordagens aqui contempladas buscarão analisar as relações do audiovisual com suas fases de realização - seu modo compósito de 'ser' - tentando percebê-las em si mesmas, em suas afinidades com as outras artes, como a pintura, a escultura, o teatro, a performance e a dança, e com a série vídeo-fílmica à qual pertencem.
Subtemas para submissão de trabalhos:
1) tradução intersemiótica ou transcriação (literatura e/ao cinema; quadrinhos e/ao cinema; texto teatral e/ao cinema; jogos e/ao cinema; e vice-versa);
2) memória, fantasia e criação audiovisual;
3) registros audiovisuais de processos: making ofs e extras;
4) do vídeo: clipe; arte; performance; instalação;
5) personagem, performance, corpo e ator no cinema;
6) relações entre gêneros, escolas e estilos do cinema com as outras artes, como a pintura, a arquitetura, o teatro, a performance e a dança;
7) imagem e cultura visual;
8) imagem e expressão sonora.